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A Europol prende nove pessoas em investigação sobre uma grande rede de fraudes em criptomoedas

A Europol e as autoridades nacionais desmantelaram uma rede de fraudes criptográficas e lavagem de dinheiro que opera em vários países europeus. Nove suspeitos foram presos, e dinheiro, criptomoedas e contas online foram apreendidas. Investigadores disseram que o grupo criou plataformas falsas de investimento em criptomoedas e usou publicidade enganosa para atrair vítimas.

 

 

Segundo Europol , a rede promoveu suas plataformas por meio de campanhas online que prometiam altos retornos. As vítimas foram incentivadas a investir e persuadidas a depositar quantidades crescentes de criptomoedas. Uma vez transferidos os fundos, as vítimas ficavam bloqueadas de acesso às suas contas. Investigadores disseram que o grupo lavou os lucros por meio de múltiplas blockchains e exchanges para obscurecer sua origem. A Europol estimou que mais de €700 milhões foram lavados.

As autoridades apreenderam mais de US$ 1,8 milhão em dinheiro, criptomoedas e fundos relacionados durante buscas coordenadas. Eles disseram que o volume de material apreendido reflete a escala da operação e a amplitude da infraestrutura financeira que a sustenta. Os investigadores descreveram um sistema envolvendo domínios da web, canais promocionais e rotas de pagamento usados para gerenciar investimentos e movimentar fundos ilícitos.

O grupo também usou vídeos deepfake e campanhas publicitárias fabricadas para se passar por figuras públicas e veículos de mídia. A Europol afirmou que esses materiais foram usados para construir credibilidade e incentivar as vítimas a confiarem nas plataformas. Investigadores observaram que o uso de deepfakes destaca uma mudança nas táticas de fraude online, com grupos criminosos utilizando cada vez mais ferramentas digitais avançadas para apoiar seus esquemas.

A investigação exigiu cooperação entre vários países europeus. A Europol coordenava o compartilhamento de inteligência e os esforços de rastreamento financeiro, enquanto parceiros judiciais apoiavam buscas e prisões transfronteiriças. As autoridades disseram que a complexidade dos métodos de lavagem e o número de países envolvidos tornavam a coordenação essencial.

A operação ocorreu em meio a esforços mais amplos para combater crimes organizados relacionados a criptomoedas. Ações recentes de fiscalização têm se concentrado em serviços usados para lavar receitas criminosas, incluindo operações de mistura de criptomoedas. Analistas disseram que o desmantelamento dessas redes faz parte de um esforço contínuo para reduzir oportunidades de fraude e limitar as ferramentas disponíveis para grupos criminosos.

As autoridades disseram que os investidores continuam em risco devido a plataformas criptomoedas fraudulentas que dependem de publicidade agressiva e promessas irreais de retorno. Eles aconselharam as pessoas a utilizarem plataformas reguladas e verificarem oportunidades de investimento antes de transferir fundos. Analistas disseram que o caso ilustra como esquemas fraudulentos exploram o interesse em ativos digitais e como as perdas podem ocorrer rapidamente quando os fundos são transferidos para plataformas não reguladas.

A Europol afirmou que a investigação continua em andamento. As autoridades visam rastrear fluxos financeiros pendentes, identificar participantes adicionais e garantir os ativos remanescentes ligados à rede.