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Europol rastreia cripto ligada à rede de pirataria IPTV e apreende 47 milhões de euros

A Europol tem detailed uma ação de fiscalização que teve como alvo uma rede de pirataria responsável por distribuir serviços IPTV não licenciados e processar grandes volumes de criptomoedas. Investigadores disseram que a emissora dependia de pagamentos digitais para vender assinaturas que davam acesso a canais esportivos e de televisão ao vivo sem permissão dos detentores dos direitos. A operação focava em rastrear esses pagamentos e identificar os operadores por trás dos serviços. A Europol informou que as autoridades acabaram vinculando cerca de 47 milhões de euros em criptomoedas à atividade e apreenderam os ativos associados.

 

 

Os investigadores começaram revisando dezenas de sites suspeitos de oferecer assinaturas ilícitas de IPTV. Esses sites atraíam milhões de visitas anuais e promoviam o acesso de baixo custo a programação premium. A Europol disse que a lista inicial de 71 sites foi ampliada durante a investigação, quando analistas identificaram plataformas adicionais conectadas por meio de infraestrutura compartilhada, registros de pagamento ou conteúdo promocional. A rede combinada atendia grandes audiências e gerava receita recorrente significativa por meio de canais digitais de pagamento.

A investigação financeira concentrou-se em acompanhar os fluxos de criptomoedas desde compras por assinatura para os operadores dos serviços de pirataria. As autoridades criaram contas e interagiram com os serviços como clientes para entender como os pagamentos eram processados. Em seguida, eles examinaram o movimento de fundos por meio de carteiras, intermediários e exchanges de criptomoedas. A Europol afirmou que a cooperação com especialistas em análise de blockchain e bolsas reguladas ajudou a identificar os indivíduos responsáveis pela gestão da infraestrutura de pagamentos. A agência observou que o processo demonstrou que transações de criptomoedas podem ser rastreadas quando apoiadas por inteligência direcionada e coordenação transfronteiriça.

A ação fez parte de um esforço mais amplo de fiscalização conhecido como Semana da Patrulha Cibernética contra Crimes de Propriedade Intelectual. A Europol coordenou o trabalho com o Escritório de Propriedade Intelectual da União Europeia e a polícia nacional espanhola. As agências disseram que o objetivo era desestabilizar a base financeira da rede de pirataria, em vez de focar apenas na remoção de sites ou servidores. Ao restringir o acesso a mecanismos digitais de pagamento, as autoridades buscaram reduzir a capacidade dos operadores de manter o serviço.

Analistas do setor disseram que o caso reflete uma mudança na estratégia antipirataria em direção à disrupção financeira. Ações tradicionais frequentemente envolvem bloquear sites ou tomar infraestrutura, mas muitos serviços reaparecem rapidamente usando novos domínios ou provedores de hospedagem. Direcionar canais de pagamento pode ser mais eficaz porque a pirataria baseada em assinaturas depende de receita contínua. Analistas também observaram que muitos usuários escolhem criptomoedas porque acreditam que ela oferece anonimato. A investigação mostrou que essa suposição pode não se confirmar quando as autoridades realizam transações diretas e seguem os caminhos de pagamento resultantes.

A operação destaca como as redes de pirataria operam em escala e utilizam modelos de receita profissionalizados. Também destaca como a análise em blockchain e a cooperação com exchanges podem apoiar investigações em casos em que operadores tentam ocultar suas identidades. A Europol afirmou que os ativos apreendidos apoiarão novas ações legais e reforçarão a mensagem de que ganhos financeiros da pirataria podem ser recuperados.

Organizações de mídia e esportes saudaram o resultado porque a pirataria baseada em assinaturas afetou as fontes de receita de eventos ao vivo e emissoras licenciadas. Eles disseram que a ruptura da camada financeira é um passo significativo para reduzir os incentivos para operar redes IPTV ilícitas. Analistas esperam que a fiscalização futura continue focada em rastrear pagamentos e identificar conexões financeiras a jusante que apoiem esses serviços.