As autoridades francesas prenderam um homem de 22 anos em 17 de dezembro em conexão com uma cyberattack violação dos servidores de e-mail do Ministério do Interior da França no início deste mês. Promotores disseram que o suspeito foi detido pela unidade de crimes cibernéticos do ministério público de Paris e enfrenta acusações que incluem acesso não autorizado a um sistema automatizado de processamento de dados pessoais operado pelo Estado sob um grupo organizado. O crime podia acarretar pena de prisão de até 10 anos segundo a lei francesa. O indivíduo já é conhecido pelas autoridades e já foi condenado por crimes semelhantes relacionados a computadores em 2025.
A prisão ocorre após investigações técnicas e judiciais sobre a violação dos sistemas internos de e-mail do ministério, que foi detectada pela primeira vez entre 11 e 12 de dezembro. Autoridades confirmaram que atacantes conseguiram acesso a alguns arquivos de documentos armazenados nos servidores comprometidos. O ministro do Interior, Laurent Nuñez, afirmou que as autoridades implementaram controles de segurança adicionais após o incidente, enquanto as investigações continuam para determinar a extensão total da violação e se dados sensíveis foram comprometidos.
O minis-Público de Paris afirmou que a investigação continua ativa e forneceu detalhes limitados sobre as condenações anteriores do suspeito. Os promotores não divulgaram a natureza específica dos crimes anteriores, mas confirmaram que o indivíduo está alvo de processos em andamento relacionados ao ataque cibernético. Investigadores do Escritório de Combate ao Cibercrime da França (conhecido pela sigla francesa OFAC) estão liderando a investigação, e espera-se uma declaração oficial ao final do período de custódia policial do suspeito, que pode durar até 48 horas.
A violação provocou uma maior análise da infraestrutura de e-mail do ministério, que serve como um canal central de comunicação para a equipe. Autoridades não confirmaram publicamente nenhum roubo de dados em larga escala, embora a invasão tenha permitido a visualização não autorizada de certos arquivos internos. As medidas de cibersegurança foram reforçadas em resposta, incluindo o reforço dos controles de acesso e monitoramento do sistema. O ministério reafirmou seu compromisso de fortalecer as defesas e trabalhar com as autoridades nacionais de cibersegurança para prevenir incidentes semelhantes.
A discussão pública sobre a violação em fóruns da internet incluiu alegações de indivíduos na plataforma de invasão BreachForums de que eram responsáveis pelo ataque e que haviam acessado milhões de registros de bancos de dados policiais. Essas afirmações não foram verificadas pelas autoridades francesas e continuam sob investigação. O governo não confirmou nenhuma ligação entre o suspeito preso e postagens em fóruns de hackers, e as autoridades continuam investigando todas as pistas da investigação.
O ministro do Interior, Nuñez, descreveu o ataque como um incidente grave, dada a sensibilidade dos sistemas afetados e o potencial de acesso a informações confidenciais. Ele afirmou que as equipes técnicas do ministério estão trabalhando com a Agência Nacional de Cibersegurança da França para analisar os métodos usados pelos atacantes e reforçar os protocolos de segurança em todos os sistemas governamentais. O ministério também comunicou o incidente ao órgão regulador francês de proteção de dados, conforme exigido por lei, e investigações judiciais e administrativas estão em andamento paralelamente.
Autoridades de segurança enfatizaram que atribuir responsabilidade pelo ataque é um processo complexo e recusaram especular sobre o envolvimento de grupos organizados de cibercrime até que mais evidências estejam disponíveis. A investigação em andamento reflete preocupações mais amplas sobre a vulnerabilidade das redes governamentais a ameaças cibernéticas sofisticadas e os desafios enfrentados pelas autoridades tanto na defesa de infraestruturas críticas quanto na ação judicial contra indivíduos suspeitos de realizar tais ataques.
A prisão destaca os esforços contínuos das autoridades francesas para identificar e responsabilizar indivíduos responsáveis por ciberataques contra instituições do setor público. As unidades de crimes cibernéticos continuam trabalhando com parceiros nacionais e internacionais para rastrear as origens dos ataques e fortalecer a resiliência contra futuras intrusões que visem o governo e infraestruturas nacionais críticas.
