O Google revisou sua próxima política do Android sobre aplicativos de sideload, introduzindo uma opção que permitirá que usuários experientes instalem software de desenvolvedores que não são totalmente verificados. A mudança segue as preocupações levantadas por desenvolvedores independentes e defensores do código aberto depois que o Google anunciou que todos os aplicativos instalados fora da Play Store em dispositivos Android certificados em breve exigiriam a verificação de identidade do desenvolvedor. Esse requisito ainda está planejado, mas o Google disse que o processo atualizado dará aos usuários avançados mais controle, mantendo as salvaguardas para a base de usuários mais ampla do Android.
Sob a nova abordagem, a maioria dos usuários ainda encontrará restrições ao tentar instalar aplicativos de desenvolvedores não verificados. O Google disse que o requisito de verificação continua necessário porque os aplicativos instalados de fora da Play Store historicamente representam riscos de segurança mais altos. Uma revisão conduzida pela empresa descobriu que os aplicativos de sideload são significativamente mais propensos a conter código prejudicial em comparação com aplicativos distribuídos por meio de canais oficiais. A política atualizada visa reduzir esses riscos sem remover o recurso de sideload que há muito está associado ao ecossistema Android.
A empresa confirmou que um “fluxo avançado” será introduzido para usuários que demonstrarem experiência técnica suficiente ou familiaridade com fontes alternativas de aplicativos. As pessoas que se qualificam para esta categoria poderão prosseguir com instalações de desenvolvedores não verificados após receberem avisos de segurança proeminentes. O Google disse que o objetivo é evitar que usuários menos experientes sejam pressionados a instalar aplicativos inseguros enquanto ainda oferecem suporte a testes e distribuição legítimos de desenvolvedores fora da Play Store.
Verificação do desenvolvedor e distribuição em fases
A iniciativa mais ampla do Google se concentra em estabelecer um requisito de identidade padronizado para desenvolvedores que distribuem aplicativos fora da loja oficial. O processo de verificação solicitará informações de identificação que podem incluir nome legal, localização e documentação emitida pelo governo. A política destina-se a aumentar a responsabilidade dos desenvolvedores que dependem do sideload para distribuir seus aplicativos, ao mesmo tempo em que torna mais difícil para os agentes mal-intencionados usarem canais anônimos para direcionar dispositivos Android.
Uma rota de verificação modificada será oferecida a estudantes e desenvolvedores amadores. Essas contas terão requisitos mais leves, mas serão restritas no número de dispositivos que podem instalar seus aplicativos. O Google disse que a opção foi projetada para oferecer suporte a desenvolvedores em estágio inicial sem comprometer as metas de segurança da política mais ampla. A empresa continua a refinar este programa antes do início do lançamento completo.
A introdução das verificações de identidade do desenvolvedor começará em setembro de 2026 em vários países, incluindo Brasil, Indonésia, Cingapura e Tailândia. O lançamento global está programado para continuar ao longo de 2027. O Google afirmou que o sideload continua sendo uma parte importante do design do Android e que as novas regras visam fortalecer a segurança em vez de limitar a escolha do usuário. A empresa disse que a política revisada reflete sua tentativa de equilibrar a flexibilidade para usuários de energia com a proteção da população em geral.
Observadores da indústria observaram que a mudança seguiu críticas significativas direcionadas à proposta original do Google. Os desenvolvedores argumentaram que requisitos rígidos de identidade poderiam restringir a distribuição independente e minar práticas estabelecidas há muito tempo na comunidade Android. O Google abordou essas preocupações introduzindo o caminho de fluxo avançado, que preserva a capacidade de instalar aplicativos não verificados, mantendo fortes avisos e proteções para usuários que ainda escolhem esse caminho.
A empresa disse que continuará consultando desenvolvedores e grupos de usuários à medida que a política avança para a implementação final. A estrutura revisada representa uma das atualizações mais substanciais das regras de sideload do Android nos últimos anos. Seu progresso será observado de perto por usuários, desenvolvedores e pesquisadores de segurança, pois a mudança afeta os modelos de distribuição de aplicativos e as expectativas de longa data em torno do controle de dispositivos Android.
