Photocall, uma grande plataforma de streaming não licenciada, foi retirada do ar após uma operação envolvendo a Alliance for Creativity and Entertainment e a empresa de mídia esportiva DAZN. O serviço oferecia acesso a mais de mil canais de televisão em sessenta países, incluindo conteúdos esportivos premium como MotoGP, NFL, NHL e eventos internacionais de tênis. Estimativas de tráfego indicam que recebia cerca de 26 milhões de visitas por ano. Uma parte significativa de seu público veio da Espanha, com bases de usuários notáveis no México, Alemanha, Itália e Estados Unidos.
De acordo com grupos de fiscalização, a Photocall fornecia acesso a transmissões protegidas por direitos autorais sem autorização dos detentores dos direitos. A plataforma operava por um modelo familiar que distribuia canais ao vivo e eventos esportivos para telespectadores que ignoram as taxas de assinatura. Os investigadores disseram que o caso fazia parte de um esforço internacional mais amplo que visava redes ilegais de streaming. A Europol identificou dezenas de sites relacionados durante a operação e encaminhou serviços ilegais adicionais de IPTV para análise adicional pelas autoridades nacionais. Essas ações refletem a pressão crescente sobre plataformas que geram tráfego digital substancial sem acordos de licenciamento.
As equipes de fiscalização disseram que os operadores da Photocall concordaram em desativar a plataforma e transferir domínios associados para grupos do setor. Usuários que tentam acessar o serviço agora são redirecionados para páginas de informações que promovem opções legais de streaming. Analistas disseram que esse tipo de transferência de domínio é uma tática comum que atrapalha a visibilidade e o alcance das plataformas ilícitas. Eles acrescentaram que a ação coordenada entre várias organizações fortaleceu a investigação ao conectar a infraestrutura usada por múltiplos serviços de pirataria.
Os investigadores também observaram que redes ilegais de streaming frequentemente dependem de sistemas de pagamento complexos para manter a receita. Casos recentes mostraram conexões entre operações de pirataria e grandes volumes de transações em criptomoedas. Esses vínculos permitem que grupos internacionais mantenham operações em múltiplas jurisdições. A interrupção dos canais financeiros é cada vez mais vista como um método eficaz para enfraquecer o modelo de negócios subjacente. Os detentores de direitos argumentam que a remoção desses canais reduz o incentivo para os operadores reconstruírem serviços sob novos domínios.
O caso destaca desafios para as empresas de mídia que investem em direitos de produção e distribuição de conteúdo. Plataformas não licenciadas prejudicam esses investimentos ao desviar o público para alternativas gratuitas que podem expor os espectadores a riscos de segurança. Usuários desses serviços enfrentam potencial exposição a malware, anúncios fraudulentos ou práticas de coleta de dados. Especialistas em segurança dizem que sites ilegais de streaming frequentemente dependem de redes de publicidade agressivas que podem direcionar os usuários para conteúdos prejudiciais. O encerramento do Photocall é, portanto, apresentado tanto como uma vitória sobre propriedade intelectual quanto como uma medida de segurança para o usuário.
Observadores do setor esperam continuar a fiscalização, já que a pirataria em streaming continua sendo generalizada. A combinação de mudanças rápidas de domínio, pagamentos anônimos e hospedagem global torna essas redes difíceis de eliminar. No entanto, a coordenação internacional ganhou força à medida que as agências compartilham inteligência e acompanham padrões entre as plataformas. Analistas dizem que o caso Photocall servirá como ponto de referência para futuras investigações que visem identificar operadores rapidamente e perturbar sua infraestrutura antes que eles se expandam.
